Expulsão da Espanha e Cidadania Portuguesa

O que a expulsão da Espanha e a cidadania Portuguesa têm em comum: Descendentes de judeus espanhóis expulsos na Idade Média têm direito a se tornarem portugueses? Quem eram os judeus expulsos da Espanha e de Portugal? Seus ancestrais estão entre essas pessoas? Como você pode provar isso e ganhar o passaporte português?

O nosso escritório de advocacia pode ajudar. Descendentes de judeus que foram perseguidos e expulsos podem receber cidadania portuguesa. Este artigo do advogado Michael Decker explica a história da expulsão. Explica também a dispersão dessas pessoas pela Europa e pelo Oriente Médio.

O Decreto de Alhambra e a expulsão dos Judeus Espanhóis

Em 1492, o rei e a rainha da Espanha, Ferdinando e Isabella, ordenaram a expulsão de 200,000 judeus da Espanha. Eles deveriam sair do país em três meses, tendo setenta mil deles encontrado refúgio em Portugal. Cinco anos depois, em 1497, o rei Manuel I de Portugal, influenciado pela rainha da Espanha Isabella, fez um decreto similar. Ele ordenou a expulsão de cem mil judeus de Portugal simplesmente pelo fato de ser um rei preconceituoso, intolerante e antissemita. Ele forçava as pessoas a se converterem ao catolicismo ou seriam expulsas de Portugal.

A Inquisição e a Expulsão da Espanha

Nascida no século XIII no sul da França, a Inquisição logo alcançou a vizinha Espanha. Seu objetivo era descobrir cristãos que embora fossem convertidos, continuavam a celebrar suas antigas cerimônias religiosas escondidas. Eles, então, eram denunciados publicamente, torturados e mortos e/ou expulsos. Desde o início da Inquisição até a expulsão final em 1492, mais da metade dos judeus sefarditas converteram-se ao cristianismo. Hoje em dia, estima-se que, de cada três cidadãos espanhóis, um é descendente de judeu.

As Comunidades Judaicas na Espanha e em Portugal

As comunidades judaicas na Espanha e em Portugal tinham uma história gloriosa, proeminente entre as comunidades de Israel. Estas eram comunidades antigas, que se estabeleceram na Península Ibérica já na Era Romana, e era formada por estudiosos judeus, rabinos, filósofos, poetas, intérpretes da Torá, cabalistas, matemáticos, astrônomos e políticos. Alguns dos maiores exponentes das comunidades judaicas de Portugal e Espanha foram: Maimonides, Nachmanides, Judah Halevi, Samuel ibn Naghrillah, Hasdai Crescas, Abraham ibn Ezra, Abraham bar Hiyya, o Rabino da família Carvajal, o tradutor e erudito da família Ibn Tibbon e muitos outros.

A Expulsão da Espanha – Nomes das Famílias Expulsas

Cerca de duzentos e cinquenta mil judeus estavam entre as famílias expulsas, obrigadas a pagar por sua jornada, enquanto que suas propriedades, dinheiro e ouro, foram confiscados pela Espanha. A maioria das famílias expulsas encontrou refúgio no noroeste da África e nos territórios do Império Otomano, estabelecendo-se no Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, além de Turquia, Síria, Bulgária, Romênia, Iraque, Grécia, Líbano, Sérbia e Macedônia. Famílias israelitas também se estabeleceram na Holanda, Itália, Alemanha, Reino Unido. Outras chegaram à Índia, à China e às Américas. Por isso, entende-se que não somente Sefaraditas e Mizrachis podem estar entre os descendentes de Judeus sefaraditas.

Nomes de Origem Sefaradi

Exemplos de sobrenomes judeus da época da expulsão da Espanha: Ibn Ezra, Abarbanel, Karako, Barzilay, Abulafia, Najara, Ben Zaken, Espinoza, Danon, Saban, Peretz, Weizmann, Gabai, Atlas, Benayun, Siboni, Shushan, Giat, Wolfson, Bruchiel, Pardo, Kakon, Alfasi, Weinberg, Hayun, Pinto, Malca, Dayan, Gavison, Mashiach, Navon, Shabat, Safra, Wolf, Yaish, Hacohen, Aflalo, Basan, Atias, Beniso etc.

Quem pode ganhar a cidadania portuguesa ou espanhola?

Judeus de origem sefardita ou com sobrenome que esteja na lista, candidatos que falam ladino ou com costumes sefaraditas, como roupas, orações, filactérios etc.